quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

SINOPSE


Linguagens Cênicas utilizadas
A proposta de encenação é construída com influência na cultura popular brasileira, considerando que tanto a vida e obra do autor pesquisado, Solano Trindade, como a vivência das (os) artistas participantes, são fundamentados na mesma.
Em uma encenação não naturalista, dentro do contexto histórico trazemos o negro em foco, abordando sua trajetória.
O espetáculo utiliza-se de três linguagens cênicas principais, são elas o Teatro, a Dança e a Música. Como também de performances.
A dança que vem como legítima expressão da cultura popular Afro brasileira, traz à tona elementos de danças como o Maracatu Nação Cambinda (extinto), dança dos Orixás e outras em uma leitura contemporânea.
O trabalho musical harmoniza-se por fazer parte da cultura Afro brasileira e da Obra de Solano Trindade, que tem em seus poemas a musicalidade presente, como também em sua vida, sendo motivo este de devoção em preservar e divulgar a música popular afro brasileira.
Torna-se de igual importância para os artistas da Capulanas Cia de Arte Negra, desenvolver a dança e a musicalidade que vêm de encontro ao objetivo de se apropriar e valorizar a arte enquanto resistência cultural.
A linguagem cênica é realizada de forma não fragmentada, sendo o teatro, um rio que percorre as diversas artes, sem que haja a percepção de fronteiras, temos assim a busca por uma dramaturgia negra, baseada na cultura africana, onde a arte não tem nomes, apenas expressividade através do corpo.

Sinopse do espetáculo

“Pesquisar na fonte de origem e devolver ao povo em forma de arte” - Solano Trindade
Grande poeta negro, teatrólogo, artista plástico, militante da igualdade racial e da luta do povo negro.
O espetáculo quer através das poesias de Solano Trindade retratar a força da mulher negra de forma inovadora, cotidiana e contemporânea, ressaltando a ancestralidade afro brasileira.
O espetáculo traz consigo coreografias e ritmos de danças populares brasileiras e contemporâneas, com cenas criadas e dirigidas por jovens negros e com a sua maioria mulher. Resgatando as manifestações populares, afro brasileiras, como: maracatu, ciranda, coco, hip hop, mostrando os preconceitos sofridos às mulheres desde a infância até a fase anciã, resgatando os nossos ancestrais dentro da musicalidade, coreografias corporais e poesias do grande poeta do povo.
Trazendo uma proposta de auto-afirmação da nossa origem e as dificuldades do cotidiano do povo negro e, principalmente da mulher.
A encenação teatral torna-se o fio condutor da montagem unindo-se às outras linguagens de modo a dramatizar e levar para os palcos uma arte que já existe nas ruas, dialogando com o teatro do oprimido de Augusto Boal e utilizando a direção colaborativa. Transpondo nosso cotidiano, que se assemelha com os de outras tantas pessoas que se identificam por ser negra /o em um país de exclusão, levar aos palcos mais que o sofrimento e agressões, levar a força, a resistência e a beleza.

Ficha Técnica
Poesias: SolanoTrindade, Elizandra Souza, Débora Marçal e Flávia Rosa
Dramaturgia: Capulanas Cia de Arte Negra
Orientadora de pesquisa/ Acessoria teórica: Raquel Trindade
Direção teatral e preparação cênica: Vania terra
Direção de dança, concepção de figurino, coreografia: Débora Marçal
Assistente da direção de dança: Flávia Rosa
Direção musical e construção rítmica: Manoel Trindade
Preparação Corporal: Guma
Preparação Musical: Letícia Coura
Concepção de cenário: Capulanas Cia de Arte Negra
Concepção de luz: Capulanas Cia de Arte Negra
Operação de luz: Érico
Arte Gráfica: Ailton Oadq
Registro Fotográfico: Guma
Produção: Alânia Cerqueira
Elenco e pesquisadores: Adriana Paixão, Débora Marçal, Flávia Rosa, Manoel Trindade, Zinho Trindade, Priscila Preta.

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